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Não é por uma questão de consciência que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tem assumido um papel mais proativo em relação ao combate a COVID-19.
Após ter liberado R$ 3 bilhões para 250 deputados e 35 senadores aplicarem em obras em seus redutos eleitorais, Jair conseguiu eleger o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado e o deputado Federal Arthur Lira (PP-AL), para o comando da Câmara. O dinheiro usado para pagamento das emendas saiu do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Não é só uma mudança ideológica de Bolsonaro, que tinha como plataforma de campanha não se alinhar com o tal Centrão e o fortalecimento da Lava Jato ao combate da corrupção. Por sinal a Lava Jato continuará com uma estrutura reduzida dentro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O presidente se viu encurralado e teve que se alinhar ao deputado Federal Arthur Lira, o qual detêm o comando do tal Centrão, para barrar os mais de 57 pedidos de impeachment que aguardam a aprovação do presidente da Câmara.
O acordo com o Centrão forçou Jair a mudar a postura negacionista da pandemia. Vendo que Pazuello, atual ministro da Saúde, teve processo de investigação aberto pela Procuradoria Geral da Republica – PGR, sobre ações em relação à crise provocada pela covid-19 no Amazonas e no Pará. Propagação da cloroquina também é alvo da apuração.
Bolsonaro rapidamente em suas redes sociais enfatiza que o uso pode ser comprovado eficaz futuramente ou pode ser considerado placebo, mas que “se não faz mal, por que não tomar?”.
“Tudo bem, paciência”, enfatizou. “Me desculpa, tchau. Pelo menos eu não matei ninguém. Mas se lá na frente comprovarem [eficácia], você que criticou, parte da imprensa, vai ser responsabilizada”.
E ainda para reforçar o erro de Jair a farmacêutica norte-americana MSD (Merck Sharp and Dohme), em um comunicado, a empresa disse que não há base científica que indique efeitos terapêuticos contra a covid-19 nos estudo pré-clínicos já publicados.
Jair Bolsonaro mira 2022 é não será o Jair de 2018. A narrativa a partir de agora será dada pela base dos deputados Federais que dão sustentação ao presidente. Vem aí o Jair de Centro, controlado pelo Centrão.
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