Desde o início da pandemia, as comunidades quilombolas do Amapá vêm relatando os inúmeros problemas sociais, agravados em decorrência da crise sanitária e da falta de apoio das autoridades em ações emergenciais. Diante desses fatos e dos últimos acontecimentos, a Coordenação das Comunidades Quilombolas do Amapá (Conaq-AP), vem a público:
Sabe-se que o racismo estrutural é um mal presente na realidade do nosso país, responsável por colocar nossas comunidades em situação de extrema vulnerabilidade social, que persiste desde os tempos coloniais. Por causa disso, até hoje, nossas comunidades precisam lutar contra o pouco acesso à saúde, à informação, contra uma infraestrutura precária, contra a insegurança alimentar, entre outros problemas que contribuíram para que hoje tivéssemos dados alarmantes de infectados e óbitos por Covid-19 em nossos quilombos - que por sinal é três vezes maior na região norte.
Diante desses e de outros problemas sociais, as comunidades quilombolas do Amapá, por meio desta nota, solicita que as autoridades comprometam-se, de fato, com as populações mais vulneráveis, entre elas as populações quilombolas - como consta no Programa Nacional de Imunizações (PNI) - e forneçam diretrizes específicas sobre a fase prioritária da vacinação contra a Covid-19, de forma que atenda também às comunidades quilombolas.
A Coordenação das Comunidades Quilombolas do Amapá (Conaq-AP), representante das comunidades quilombolas do Amapá, se coloca à disposição para um diálogo efetivo.
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