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Saúde NOVEMBRO AZUL

Inovações tecnológicas ampliam o tratamento do câncer de próstata

Especialista explica a importância da cirurgia robótica e alerta para a necessidade de exames preventivos regulares

25/11/2024 14h21
Por: Redação
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O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2024, o INCA estima que o Brasil deve registrar  mais de 70 mil novos casos da doença. O Distrito Federal deve ter mais de 400 casos do tumor. Diante desse cenário, inovações na medicina, como a cirurgia robótica, têm ampliado as possibilidades de tratamento e recuperação da neoplasia. O tema é um dos destaques do Novembro Azul, campanha voltada para a conscientização e combate ao câncer de próstata.

 

João Marcos Ibrahim, urologista da Oncoclínicas Brasília, explica que a utilização de sistemas robóticos na remoção da próstata, possibilita que o procedimento seja realizado com maior precisão e eficácia através de movimentos mais delicados e detalhados. “Uma das maiores vantagens da cirurgia robótica é a preservação das estruturas nervosas e vasculares ao redor da próstata, o que contribui para uma melhor recuperação da continência urinária e da função sexual, dois aspectos que muitas vezes preocupam os pacientes após a cirurgia”, afirma. A tecnologia oferece ainda menor risco de complicações e reabilitação mais rápida do paciente

 

De acordo com o médico, outras abordagens que aprimoram o tratamento oncológico são a ultrassonografia focalizada de alta intensidade (HIFU) e a radioterapia guiada por imagem (IGRT). Ele explica que a HIFU utiliza ondas de ultrassom de alta frequência para gerar calor intenso capaz de destruir tecidos anormais, como tumores. Já a IGRT possibilita localizar células cancerígenas com exatidão e direcionar a radiação especificadamente para elas, minimizando danos nos tecidos saudáveis ao redor da próstata. Essas tecnologias podem ser usadas em casos específicos, são menos invasivas, não necessitam de incisões cirúrgicas e apresentam menores efeitos colaterais no tratamento oncológico, segundo o especialista. “Esses avanços refletem uma tendência crescente de tratamentos mais eficazes e personalizados, melhorando tanto a qualidade de vida quanto as taxas de sobrevivência dos pacientes”, enfatiza Ibrahim.

 

Diagnóstico e prevenção

 

Além dos avanços no tratamento da doença, novas técnicas de exame, como a biópsia transperineal com fusão de imagens de ressonância (MRI), têm revolucionado o diagnóstico e prevenção do câncer de próstata. A partir de imagens captadas pela ressonância magnética, o urologista consegue inserir uma agulha na área entre o ânus e a bolsa escrotal para coletar amostras de tecido suspeitas de tumor na glândula reprodutiva.

 

De acordo com Ibrahim, a abordagem reduz o risco de infecções, já que o acesso à próstata é feito através da pele, evitando o reto e, consequentemente, minimizando a chance de contaminação por bactérias intestinais. “Esse método oferece melhor amostragem, o que resulta em uma detecção mais precisa do câncer em certas regiões da glândula. Embora exija anestesia, os benefícios, como o menor risco de complicações sérias, têm feito dessa técnica uma escolha cada vez mais comum”, explica o urologista.

 

O médico também salienta que exames de antígeno prostático específico (PSA) – teste que mede a quantidade de PSA, proteína produzida pelas células da próstata, no sangue — e toque retal são fundamentais para a detecção precoce da doença. “Esses exames são cada vez mais recomendados com base no risco individual de cada paciente, considerando fatores como idade, histórico familiar e etnia”, afirma.

 

Sinais e sintomas da doença 

 

O risco de desenvolver câncer de próstata aumenta com a idade, principalmente após os 50 anos. A doença, em suas fases iniciais, é muitas vezes assintomática, de forma que, quando os sinais aparecem, o tumor pode estar em estágio avançado. Os sintomas mais comuns associados da doença devido ao aumento da próstata podem ser dificuldade em iniciar ou interromper o fluxo urinário, sensação de não esvaziamento da bexiga, necessidade de forçar o jato de urina e pontadas incômodas na parte baixa das costas ou na pélvis, abaixo dos testículos. Dificuldade em conseguir ou manter a ereção e ​dor ao ejacular também são sinais da doença.

 

A recomendação é que homens a partir dos 50 anos realizem exames de PSA e toque retal anualmente. Para aqueles com histórico familiar da neoplasia ou homens negros, essa rotina deve começar a partir dos 45 anos. A periodicidade dos testes varia de acordo com os resultados e a análise médica, desde consultas anuais até casos em que as avaliações ocorrem a cada dois a quatro anos, de acordo com o médico.

 

Ibrahim alerta que sem o rastreamento regular, o câncer pode progredir para estágios avançados, onde o tratamento é mais complexo e o desfecho clínico favorável é menos provável. “Os exames regulares são fundamentais para o diagnóstico precoce do câncer de próstata. Detectar a doença em estágios iniciais aumenta significativamente as chances de cura, chegando a mais de 90% dos casos”, finaliza o urologista da Oncoclínicas Brasília.  

 

 

 

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