“Que navio é esse que chegou agora? É o navio negreiro com os escravos de Angola. Aqui chegando não perderam a sua fé, criaram o samba a capoeira e o candomblé”. Embalados neste movimento de ancestralidade que os alunos das escolas públicas de Sobradinho, Sobradinho 2, Fercal e Lago Oeste receberão um espetáculo lúdico e artístico integrado de capoeira, dança e cultura afro-brasileira.
A Casa de Cultura realizará uma série de apresentações nos meses de abril e maio, com estreia marcada para esta quarta-feira (6) na Escola Classe Basevi de Sobradinho. Serão mais de quinze escolas selecionadas pelo projeto do Instituto Casa da Vila, com fomento da Secretaria de Cultura e Economia criativa do DF. Uma das responsáveis pelo projeto e presidente do Instituto Casa da Vila, Camila Palatucci acredita que o espetáculo irá ampliar a visão de mundo e aproximar as crianças da Cultura Africana. “O espetáculo é mais que uma apresentação capoerística. É uma imersão na cultura brasileira e culturas de matrizes africanas”, disse em nota.
A programação contará com Orquestra de Berimbaus, Capoeira Angola, Puxada de Rede, Dança do Bastão e Maculelê, modalidades específicas trabalhadas pelo grupo, a capoeira angola. Também chamada de “capoeira mãe”, o jogo de Angola, é a origem dessa prática cultural que mescla luta, dança, musicalidade, percepção de coletivo e filosofia de vida, sendo considerada a prática que mais se aproxima daquela executada pelo povo africano trazidos para serem escravizados.
Lançamento das Oficinas Presenciais de Capoeira Angola
A escolha da Escola Classe Basevi para estreia do espetáculo não é por acaso, a escola foi selecionada para receber também oficinas presenciais de Capoeira Angola. O espetáculo será uma forma apresentar a vertente capoerística para as crianças e convidá-las para as aulas presenciais.
As oficinas acontecerão todas as quartas e sextas, sempre a partir das 14h com atendimento de 120 crianças a partir de 7 anos de idade. Ministradas por Luiz Claudio de Oliveira França (Minhoca), responsável pelo trabalho dos Angoleiros do Sertão em Brasília, os alunos aprenderão movimentos, acrobacias e golpes capoerísticas do básico ao intermediário, além de instruir-se sobre a história e evolução da Capoeira Angola e seu contexto sociocultural brasileiro.
A comunidade também poderá participar das Oficinas presenciais. O projeto abre um horário à noite para atender jovens e adultos todas as segundas, quartas a e sextas às 19h, na Associação dos Moradores da Vila Basevi.
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