Casa Vogue entrevista Andrés Reisinger

Destaque da edição de fevereiro de Casa Vogue, Andrés Reisinger começou a ficar mais conhecido em 2018, quando compartilhou nas redes sociais Hortensia, uma renderização de uma poltrona rosa que parecia composta por pétalas. O móvel digital gerou tanto interesse que uma edição limitada foi executada com a ajuda da designer têxtil Júlia Esqué – e esgotou rapidamente. Em 2021, Hortensia passou a ser produzida pela empresa holandesa Moooi e ganhou destaque durante a Semana de Design de Milão, onde o artista já expôs mais de uma vez em uma das galerias mais conceituadas do mundo, a Nilufar.

Nascido em 1990, o artista ganhou seu primeiro computador aos 8 anos, quando começou uma relação profunda com a tecnologia, já imaginando os universos que poderia criar para os jogos. Formado em design gráfico na Universidade de Buenos Aires, tem estúdio baseado em Barcelona.

Em entrevista à Casa Vogue, o artista fala sobre suas referências, os sentimentos que pretende despertar nas pessoas com suas obras e como o design e a arte digitais podem apontar caminhos mais sustentáveis no desenvolvimento de espaços e mobiliários desejáveis. Entre as personalidades que o inspiram, cita Tadao Ando, Rem Koolhaas e o saudoso Oscar Niemeyer.

Quando indagado sobre as vantagens das obras de artes digitais e como podem atuar em causas sociais, Andrés Reisinger é enfático: “Do ponto de vista do praticante, existe uma constante provocação de novas ideias para modos de criação que não tinham sido considerados. Espero que cheguemos a um momento em que possamos usar o mundo digital como um campo de testes para desenvolver uma cidade ideal, um sofá, uma bicicleta, um sapato, qualquer coisa que reflita verdadeiramente nossas necessidades e desejos, e, só em seguida, produzir fisicamente. Tanto desperdício seria evitado”.